A encenação da Paixão de Cristo na noite desta sexta-feira (3), em Salto (SP), emocionou o elenco e a plateia. Em sua 21ª edição, o evento envolveu mais de 500 pessoas, entre atores e a equipe técnica. Segundo o diretor, a peça precisa ser reinventada a cada ano.
"É uma história que todos já conhecem, então para ficar mais atraente o espetáculo, você dá enfase numa passagem ou outra. Tem que estar sempre inovando. É um desafio para sair da mesmice", conta o Marcos Stefano.
Segundo o secretário de Cultura da cidade, Marcos Pardim, a produção da peça começou meses atrás. "Se você não começar com, no mínimo, três meses de antecedência, você não consegue fazer a coisa dar certo. São muitos detalhes, tem a questão de segurança, é em espaço aberto, envolve multidão, então, pensar em tudo requer um pouco de tempo", diz.
Os primeiros minutos da encenação levaram aos olhos do público um balé cheio de cores, música e emoção, que atingiu o ápice no momento do nascimento de Jesus. O espetáculo deste ano recebeu cenas extras, como a do batizado do filho de Deus, feito por João Batista, e a do lava-pés.Já adulto, Cristo apareceu em vários momentos: no deserto, sendo tentado por Satanás; fazendo milagre e multiplicando pães e peixes; sendo entregue por Judas aos soldados romanos e, finalmente, sendo julgado e condenado. A partir daí, começou um calvário de sofrimento e humilhação. Depois de carregar a cruz por um longo caminho, Jesus foi pregado na madeira e sangrou até morrer.
Felizmente, o fim do filho de Deus não foi assim, e as cenas finais mostram Cristo ressuscitado, pronto para a vida eterna ao lado do Pai. Para o ator que deu vida a Jesus, Enio Scallet, o ponto mais alto do espetáculo é o que mais emociona. "Quem está me vendo, está acreditando, me vendo como Jesus, se convence do que eu estou tentando passar. É ótimo, é delicioso, é um prazer imenso", declara Enio.
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